Quem faz um poema abre uma janela.
Respira, tu que estás numa cela abafada,
esse ar que entra por ela.
Por isso é que os poemas têm ritmo
- para que possas profundamente respirar.
Quem faz um poema salva um afogado.
____________Mário Quintana
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Respirando
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domingo, 14 de agosto de 2011
Soneto susurrado
Dídi, os outros podem ser mais famosos, mas esse é tão lindo quanto, e o melhor: é meu! hahahaha' (Observe as minhas TAGs do Blog, antes de falar besteira)
Os ventos tardios hoje me trazem a voz
Que em conjunto com a sonata sem grito,
Sussurra no tímpano em um momento restrito
... A pianíssima que sem esforço não soa feroz
E hoje, pela manhã, conversando com os pássaros...
(as aves preguiçosas que em um momento,
Permitiram-me criar o prelúdio sem nenhum instrumento)
Pude entender seus cantos como sussurros claros
Imagem que se forma em contornos poéticos avistada
Chega para mim no sorriso inteiramente sonoro
- Não existem mais brados... é sua voz (amena) chegando ao poro
Parado, a minha voz assume uma mudez desarrumada
Minha audição, sem esperar o fim, beira ao acaso do ouvir
... Os sentidos se entranham... no gesto... lábio a lábio... luzir
Diego Pinheiro
10 de Junho de 2011, 01h:49min
Os ventos tardios hoje me trazem a voz
Que em conjunto com a sonata sem grito,
Sussurra no tímpano em um momento restrito
... A pianíssima que sem esforço não soa feroz
E hoje, pela manhã, conversando com os pássaros...
(as aves preguiçosas que em um momento,
Permitiram-me criar o prelúdio sem nenhum instrumento)
Pude entender seus cantos como sussurros claros
Imagem que se forma em contornos poéticos avistada
Chega para mim no sorriso inteiramente sonoro
- Não existem mais brados... é sua voz (amena) chegando ao poro
Parado, a minha voz assume uma mudez desarrumada
Minha audição, sem esperar o fim, beira ao acaso do ouvir
... Os sentidos se entranham... no gesto... lábio a lábio... luzir
Diego Pinheiro
10 de Junho de 2011, 01h:49min
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Se eu fosse um padre
Por Mário Quintana
Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões,
não falaria em Deus nem no Pecado
- muito menos no Anjo Rebelado
e os encantos das suas seduções,
não citaria santos e profetas:
nada das suas celestiais promessas
ou das suas terríveis maldições...
Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,
Rezaria seus versos, os mais belos,
desses que desde a infância me embalaram
e quem me dera que alguns fossem meus!
Porque a poesia purifica a alma
... a um belo poema - ainda que de Deus se aparte -
um belo poema sempre leva a Deus!
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terça-feira, 2 de agosto de 2011
Pessoando
Contemplo o lago mudo
Que uma brisa estremece.
Não sei se penso em tudo
Ou se tudo me esquece
O lago nada me diz,
Não sinto a brisa mexê-lo
Não sei se sou feliz
Nem se desejo sê-lo.
Trêmulos vincos risonhos
Na água adormecida.
Por que fiz eu dos sonhos
A minha única vida?
Fernando Pessoa, 4-8-1930
Que uma brisa estremece.
Não sei se penso em tudo
Ou se tudo me esquece
O lago nada me diz,
Não sinto a brisa mexê-lo
Não sei se sou feliz
Nem se desejo sê-lo.
Trêmulos vincos risonhos
Na água adormecida.
Por que fiz eu dos sonhos
A minha única vida?
Fernando Pessoa, 4-8-1930
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