quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Nota importante - Maldito alfinete


Dormi.
Não sei com quem, e nem onde estava. Mas sei que estava bem.
Mas, como acontece todas as manhãs, acordei, e voltei a sentir em meu corpo o peso do cansaço, em meu peito o peso da mágoa e em minha cabeça o peso da desilusão...
Mas ainda assim me pergunto com quem estava.
Não me vem uma voz, um rosto, um gesto...não me vem nada, não é possível.
Com minha teimosia, já misturada com minha curiosidade, continuo revirando cada canto da minha memória atras de qualquer vestígio, atrás de qualquer letra, qualquer cheiro... calma...lembro-me de uma sensação...e com uma euforia absurda, e sempre crescente, monto o quebra cabeça da imagem do meu alento...é isso...já sei. Descobri. Eureka.
Então, depois de experimentar alguns segundos de felicidade, por reviver um pouco do que tinha sonhado, dessa vez acordada, senti minha alegria se esvair, como um balão que murcha depois do encontro com um  maldito alfinete no fim da festa, que no meu caso se chamava realidade. Era sonho apenas. E somente lá esse encontro era possível...
E como um mantra, tenho repetido pra mim, desde que despertei: era sonho apenas. Na tentativa de diminuir minha ansiedade pela chegada da noite, de diminuir a espera pelo possível próximo encontro.
Era sonho apenas. Era sonho apenas...

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