sábado, 13 de novembro de 2010

Post inacabado


Faz tempo que não escrevo, diretamente, nada sobre mim. Faz tempo que não escrevo nada sobre o fluxo incontrolável de pensamentos que passam pela minha cabeça a cada segundo. Alguns fazendo uma escala perigosa um pouco mais abaixo. Lá por aquela região sempre tão nebulosa que teimamos em chamar de coração.
Talvez se tivesse tentado não teria conseguido, nunca isso foi tão confuso. 
Tenho amado e odiado pessoas com a mesma intensidade. Ou talvez tenha odiado algumas pelo simples fato de amá-las e não ser amada de volta. Acho que o ego pode ter uma boa parcela de culpa. Tenho gostado racionalmente de algumas outras pessoas. Mas isso é possível? É possível sentir algo racionalmente? Eu que sempre achei que a racionalidade e o sentimento fizessem parte de esferas tão distintas.
Tenho abusado das minhas mudanças de humor, fazendo transições entre os picos, positivos e negativos, de humor com uma velocidade assustadora. Mas descobri ferramentas que mantém a situação mais estável. Mas nunca as uso. Por um motivo muito simples: Não quero. E isso é louco, pois sempre reclamei da minha instabilidade. Por que querer e fazer são tão distantes?
Tenho dito mais as coisas. Ao mesmo tempo que tenho exercitado o não falar. Acho que é mais uma busca , entre o equilibrio do que deve ser dito e do que não. As vezes boto a cabeça no travesseiro e me vejo bem sucedida na batalha daquele dia. Outras, faço o mesmo antes de dormir e choro. Aquelas lágrimas amargas da derrota.
Tenho largado alguns vícios. O de brincar pra esconder a dor, o de desisti sempre que alguma coisa não sai como planejado,  o de beber pra conseguir falar o que estar na minha cabeça., o de usar pretextos para estar perto de alguém. Mas o vício mais pesado que carregava comigo que tenho abandonado é o vício na tristeza. Essa é uma droga terrível, com um alto grau de dependência.
Tenho perdido alguns medos. O de andar pela minha rua à noite, o de ouvir um não, o de assombração, o do escuro, e o da solidão.
Tenho sentido mais sede. De fazer, de correr riscos, de experimentar, de rir, de chorar, de sentir, de emocionar, de trabalhar, de viver.
Isso é o máximo que posso. Foi tudo que consegui pôr pra fora...o resto fica comigo e esse post fica assim...inacabado.

Um comentário:

Enoe Lopes Pontes disse...

Eu entendo você. Sério! Muito bom seu post!