sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

É tudo culpa da minha mente...


Existem mentes que são ótimas com os números, outras que são ótimas para trabalhar com politíca, outras que são excelentes em lógica, mas não é assim que a minha funciona, embora sempre me dê bem naqueles joguinhos de lógica espalhados pela internet, aqueles de ajudar a familia a atravessar o rio, sair de salas fechadas e até o famoso teste de Einsten.
A minha mente é bem esquisita. Características me fazem criar personagens. Daí minha mente solidária não permite que este personagem se cadastre no MPSH, Movimento dos Personagens Sem História, por isso acaba criando um enredo, e por aí vai. Se eu não fosse preguiçosa ,e meu tempo deixasse ,daria para escrever um livro por dia, ou até mais, alguns bem piegas é verdade.
As vezes a coisa começa a ganhar corpo, e como se fosse uma entidade, começa a se manifestar no meu, e então nascem passos, trejeitos e até voz.
É...é por culpa dessa minha mente que resolvi me tornar artista.
Eu sei que não é sonho das mães ver seu filho escolher entrar para um mercado tão dificil, pelo menos não é o da minha, que queria que eu fosse médica (cheguei até a pensar durante um tempo que era isso que eu queria), mas não dá...e como já disse, é culpa dessa minha mente que não se cansa de trabalhar.
Eu quero aprender um instrumento, ou afinar a minha voz para transformar minha alegria em música.Quero aprender a rima, a métrica para transformar  minha dor em poesia. Quero usar das rubricas para transformar minha história em peça. Quero usar meu corpo para dar movimento as canções e dar vida a personagens.
É disso que eu quero viver, de arte.
Não tem como fugir disso...e sinceramente, nem quero!

Personagem antigo


Fazendo uma das tradicionais faxinas de fim de ano, achei um monólogo que fiz uma vez, em um exercicio de uma das oficinas de teatro que fazia!
O exercicio consistia em criar uma cena a partir de uma frase que cada grupo recebeu.A frase do meu grupo está grifada no texto. Porém no dia da apresentação todo o meu grupo faltou e tive que criar uma cena na hora.Ficou bemm dramático, mas o resultado final ficou legal.

1º Ato (olhando para a lápide, com um ar transtornado, angustiado, de quem a muito tempo eestá querendo falar algo que está te incomodando) "Você nem imagina quanta coragem precisei juntar para vir aqui agora. Oh! Como sinto sua falta! (Certo ar de urgência) Preciso te confessar uma coisa, eu não fui fiel, desde que partiu, deitei-me com muitos homens e mulheres tentando achar em seus corpos o que encontrei no seu...Mas falhei, confesso que falhei, somente quando nossos corpos se uniam é que eu me sentia completa, como se não tivesse mais nada no mundo além de nós duas, além daquele momento. (desesperada) Que culpa tenho eu? Que culpa teve nosso amor? Se o canalha com quem você decidiu se casar não aceitou perder seu amor pra mim? (Ironia)Idiota(Risos)!Nem ao menos desconfia que nunca teve seu amor...lembra-se daquela vez que passamos uma semana juntas na ilha? E seu marido acreditando naquela desculpa de que foi um reencontro da turma da Faculdade(risos), foi tão maravilhoso, lembra-se? (Mudança repentina para desespero e indignação)Aliás.Até hoje não sei por que você se casou com ele...se você me amava, e sabia que eu te amava também. Por que não ficamos juntas?Por que?Por que somos mulheres? Por que segundo sua mãe essa não é a vontade de Deus?(já aos gritos)Deus...?Cadê Deus? Que Deus é esse que deixa um homem levar minha vida assim? Sim...porque quando aquele homem tirou sua vida, levou a minha junto...(certo ar de cansada) eu não existo mais, isso aqui é apenas uma carcaça, (aos gritos novamente) se Deus existe porque me deixa sofrer assim? Será que o fato de ser lésbica, me tira o direito a proteção divina?(se quebra a quarta parede do teatro...e com um ar de medo e surpresa continua o texto se referindo a platéia) Quem são vocês? Por que estão me olhando assim?(Aos gritos) Saiam demônios!Eu sei que vocês são espiritos....Vamos, saiam!(engatinhando se dirige até a lápide...e dessa vez totalmente insana) Por que esses espíritos aparecem sempre pra mim? Eu não sou louca, sou apenas uma mulher apaixonada, uma mulher ferida, que tem apenas um motivo pra se manter viva...Desejo de vingança! (Ar de devoção e fervor) Eu te prometo...prometo aqui diante de sua lápide que eu vou vingar sua morte...só vou descansar quando vê o sangue daquele ordinário, que dizia te amar, em minhas mãos...Mas deve ser uma morte lenta, ele tem que sofrer, assim como eu tô sofrendo...(um ar de cansaço e um olhar sem foco) depois...Depois deixo meu corpo e vou me unir a você...Afinal eu não existo mais, eu não chamo de vida, sou apenas um zumbi, minha alma vai está sempre com você...Eu amo você(Deita-se na lápide e congela a cena) - Luzes se apagam.

GFV - O Grande Fiasco Virtural


Realmente ainda não sei porque insisto nessa "carreira" de blogueira, eu sou um verdadeiro FV (Fiasco Virtual).Deixa eu explicar!
Ontem, durante a "noite feliz" criei este blog, e pra impactar, logo de primeira postei uma redação que fiz uma vez a pedido do meu professor de filosofia, sobre existencialismo.Copiei o link daqui e enviei para no mínimo 15 pessoas. Dentre essas 15 pessoas nenhuma comentou e pra completar o único que me disse o que achou do blog, falou apenas da interface e a qualificou como simpática!
Tá eu sei que agora você está concordando comigo: Eu sou um GFV.
Ai ai! Blaaah

Felicidade x Liberdade


Passaram-se milhares de anos desde o surgimento dos seres humanos em nosso planeta.Desde então a humanidade descobriu muita coisa: que juntos podiam sobreviver por mais tempo, como produzir fogo, e dentre muitas outras invenções encontra-se a que é considerada um marco na história da raça humana: O desenvolvimento da fala e posteriormente da escrita.
Esses dois últimos acontecimentos foramm suficientes para que os humanos se julgassem superior aos outros animais. Sim, pois possuiam o bem maior que existia, que os tiravamm da condição de dominados pelo meio em que viviam (como vivem até hoje os "outros" animais) e os colocavam na condição de dominadores. Eles tomaram consciência de que possuíam racionalidade.
Entretanto essa chamada racionalidade passou a ser questionada. Será que realmente é isso que nos diferencia dos outros animais, e nos coloca em um único grupo?Foi então que começaram a surgir os grandes pensadores.
Surgiram então três perguntas, cuja dimensão das mesmas é entendida por poucos, que já tentaram ser respondidas por muitos, mas um consenso é impossível: "Quem sou eu? De onde vim? E pra onde vou?"
Quanto mais a humanidade se questionava, mais via que sabia muito pouco, e poucos tiveram a coragem de Sócrates de assumir sua ignorância ao dizer a célebre frase "só sei que nada sei". Aos poucos, para alguns, descobrir que não sabiam qual era o sentido de suas vidas, viver tornou-se um fardo, para outros a saída era transformar pessoas ou coisas em sua razão de viver, atribuindo a suas vidas um novo sentido.
Ao começar a se questionar, o homem também tem que enfrentar uma nova "descoberta": Ele é livre.
Sim, livre.Para fazer qualquer coisa, a qualquer hora, por qualquer motivo, em qualquer lugar.
Mas se ao longo de sua existência uma das buscas do homem sempre foi a liberdade, por que isso seria um fardo? A resposta é simples: Ao se descobrir e se assumir um ser livre, o homem é automaticamente obrigado a assumir a responsabilidade por todos os seus atos. Não existem deuses, leis, normas, situações, circunstâncias, pessoas que o obriguem a fazer nada. Se ele fez algo foi porque assim o quis, foi porque assim o escolheu, mesmo que tenha escolhido fazer algo condenável.
Ao escolher fazer algo, o homem tem que arcar com as consequências de seus atos, e isso o angustia. Segundo Sartre "A angustia é a consciência da própria liberdade" e "o pensamento mais angustioso de todos é quando, num dado momento, nós não sabemos como nós iremos nos comportar no momento seguinte". Por isso muitos passam a agir de má fé, se abstendo das responsabilidades, fingindo que não são livres.
Segundo Sartre, também, a vida é "uma consciência infeliz", talvez por isso muitos prefiram permanecer adormecidos em sua ignorância, porque talvez julguem que só assim serão felizes. E como disse Ernest Cline "...na verdade, eles (os homens) são os únicos animais que pensam que deveriam ser felizes, todos os outros animais podem simplesmente ser..."

Tudo novo de novo.

Há um tempo venho mantendo um blog morto.
Eu postava, fingia que liam o que eu tinha escrito e seguia postando. Daí numa crise, em um dos momentos de picos hormonais na vida da mulher, resolvi deletar. Por um tempo a desculpa que dei a mim, para não excluir tal blog era, "nossa já foi tanta história, são tantas lembranças que estão guardadas nele" , mas no fundo eu sabia que isso era uma grande besteira, pois o que realmente foi importante pra mim, bom ou não, tá gravado na minha mente, no meu coração, no meu estomago ou onde quer que seja!
Nesse tempo mudei muito, as circunstâncias me fizeram mudar muito, o que é normal, afinal tudo muda, o tempo todo, por isso não sei que perfil o blog vai tomar, vou postando e vamos ver onde isso vai dar.Portanto não haverá aqui aquela famosa gadget "Sobre este blog" , até que ele saia desta crise de identidade atual.

Beijinhos